Escleroterapia de vasos

A escleroterapia de vasos, conhecida popularmente como “aplicação”, consiste na eliminação de pequenos vasos dilatados superficiais, as telangectasias, através de meios químicos, pela injeção de substâncias que danificam estes vasos, levando a sua oclusão e desaparecimento, ou físicos, como o laser, que os destroem pelo calor.

As varizes tronculares (veia safena e seus ramos maiores), que são veias permanentemente dilatadas, não devem ser tratadas por este método. O tratamento nestes casos é a cirurgia.

As telangectasias ocorrem com maior frequencia nos membros inferiores, mas podem ocorrer também na face e colo. Com menor frequencia aparecem também nas nádegas e no restante do tronco. São alterações de caráter familiar, mais frequentes nas mulheres que nos homens, provavelmente por fator hormonal.

A procura pelo tratamento ocorre principalmente por motivos estéticos.

O tratamento mais utilizado ainda é pela injeção de substâncias esclerosantes no interior dos vasos através de agulha muito finas, que levam a seu desaparecimento. A mais utilizada é a glicose hipertônica, pois é a substância que praticamente não apresenta efeitos colaterais. Pode ser associada a outra substância, o polidocanol, injetados na forma de espuma. Não utilizamos este método, pois pode levar a complicações não encontradas quando se usa apenas a glicose hipertônica, como reações alérgicas, palpitações, cefaléia, tonturas e desmaios. e até embolia pulmonar.

A escleroterapia deve ser feita em várias sessões, devendo ser evitadas as chamadas “sessões únicas”, onde se tenta o tratamento de todos os vasos. Isto porque o risco de complicações aumenta muito. O número de sessões depende da quantidade de telangectasias, e as sessões devem ter o espaçamento mínimo de 4 dias ( ideal, 7 dias).

O tratamento é feito no próprio consultório do médico especialista, e não requer repouso posterior.

O cuidado mais importante é evitar a exposição ao sol, por um período de 3 a 5 dias após cada sessão, pois pode ocorrer pigmentação no local.. Quando ocorrem hematomas, este tempo é prolongado.

O laser é mais utilizado nas telangectasias de face e colo, onde seus resultados são superiores. Já nos membros inferiores seus resultados são inferiores e frequentemente é necessário a associação com a injeção de esclerosantes. Além disso é um método bem mais oneroso chegando a custar 3 a 4 vezes mais que a escleroterapia por injeções.